i tell you now where was your fault.

nunca te falei de ti a ninguém porque acho sempre não me saber explicar, e depois as pessoas fazem as perguntas mais complicadas aos apaixonados
- como é que se conheceram?
mas a forma recíproca de conjugar esse verbo troca-me as voltas à língua quando lhes vou para responder
- foi numa passadeira.
a bem dizer tu não me conheces, e a bem dizer a ti também não te conheço eu. mas acho que tenho um bom ponto de partida para uma conversa complicada com a amiga mais coscuvilheira do grupo
- foi amor à primeira vista?
primeiro faria um esgar. não responderia logo porque aquilo me evocaria memórias atordoantes. depois, diria mais ou menos assim:

foi como um livro. lês-lhe o título e achas giro. da segunda vez na livraria tocas-lhe devagar, lês-lhe a contracapa. um dia à socapa folheia-lo e lês uma frase de início de capítulo. a partir daí quando passas na livraria, olhas para o livro mas ele não chega a olhar bem para ti. vês que ninguém o leva e achas que podes esperar, mas e se te enganas? amor foi, mas melhor era se tivesse sido coragem à primeira vista.

I.W.@

Ao som de "White Blank Page" - Mumford & Sons.

5 comentários:

Anónimo disse...

tão perfeito. Continua.

Chrissie disse...

Oh.meu.deus, este texto está perfeito. Diz tudo :)

C. disse...

é isto. nem há palavras. tinha saudades de ler estas coisas perfeitas

Anónimo disse...

sometimes i look to somebody and instantly i get the impression that i and that person are not ment to be not even friends but i still insist. the part i like most is when time prooves me otherwise.

Lua Escondida* disse...

Como é que eu só vi isto hoje?
Perfeito é pouco!

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